Aos 43 anos, com obras para diversas formações instrumentais, o compositor e arranjador mineiro tem três discos lançados e assina trilhas sonoras para teatro, circo e cinema. Como intérprete, dividiu o palco com nomes como Hermeto Pascoal e UAKTI. Macedo é também professor e pesquisador acadêmico.
[Rafael] não é do tipo que precisa se misturar para aparecer.
Hermeto Pascoal
É música para ouvir com os ouvidos abertos e se deixar encantar pelo que ainda não conhecemos.
Benjamim Taubkin
Talvez uma dansa (gravadora Rocinante) é um mergulho alquímico que reúne címbalo húngaro, cuíca, gongos, coro feminino, quarteto de violões, dentre outros. A dansa é matizada pelo grupo de musicistas que acompanha o compositor.
A voz, a sós é um projeto audiovisual concebido por Macedo e realizado em parceria com o duo Andarin. Consiste em 9 vídeo-canções com artistas como Sérgio Pererê, Luísa Lacerda, Ilessi, Thiago Amud, Kristoff Silva e Juliana Perdigão.
microarquiteturas (gravadora Rocinante), emerge de um longo percurso criativo de Rafael Macedo com Bernardo Caldeira e Rafael Pimenta. Soma-se à textura final do disco um grupo de musicistas nomeado pelo compositor como "Pulando o Vitrô".
Nas trilhas para teatro, circo, moda e cinema, gosto de experimentar correspondências diversas com o mundo das imagens: descobrir quando um som deve ser silencioso, quando uma imagem deve ser sonora e navegar por infinitas possibilidades de intersecção, fricção e imaginação proporcionadas por essa forma de criação. E sempre tive a sorte de trabalhar com artistas que admiro.
Ao longo dos anos observo como as relações com cada intérprete é particular. Nesse trajeto, escrevi peças para diversos instrumentos e formações, sempre em diálogo com aquilo que cada intérprete carrega de modo íntimo e íntegro. Atuei também em projetos desafiadores, como da artista Aline Xavier Mineiro, quando tive que compor a partir de cantos de pássaros e anotações de Hércules Florence.
Já viajei na criação de arranjos para músicas que se ampliam do formato de voz e violão para quintetos ou grupos ainda maiores; arranjos que consideram apenas uma singela melodia como ponto de partida, arranjos para músicas para crianças etc. Da mesma maneira ouvi uma peça de Bach para teclado se tornar um choro com regional, ou uma peça de Tia Amélia bailar do piano para um quinteto de sopros...vamos?
Desde o disco da Misturada Orquestra (2011) que me dei conta do quão específico e instigante pode ser o universo da produção/direção musical. Ali, em 2011, víamos em parceria como cada detalhe deveria acontecer e, ao mesmo tempo, precisávamos dinamizar o todo, sem fraturar em nada cada um desses detalhes. Produzir é tecer um complexo de ideias e afetos.
Eis dos meus ofícios mais longínquos: comecei muito novo, e desde sempre sigo saboreando cada forma de atuar enquanto professor. Aprender a ensinar vem muito, creio, de observar como aprendo e aprendi. Atualmente ministro aulas de composição/arranjo, piano/violão, musicalização (teoria musical aplicada à prática) e de prática em conjunto.
Cantar, tocar piano, improvisar melodias, falas, até mesmo gestos e línguas inventadas: estar no palco é uma grande aventura e me sinto à vontade para descobrir qual via navegar em cada situação que se oferece. A locução, por sua vez, que pode ser exclusivamente técnica, me trouxe sensações musicais e me faz ouvir minha voz de forma sempre renovada.
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